quinta-feira, 28 de novembro de 2013

De pai para pai (primeiras semanas): Roupas



Nas primeiras semanas não saímos muito de casa com a Amanda (por vários motivos como por exemplo, estava frio, a Amanda não tinha tomado nenhuma vacina até então, e a Claudia precisava se recuperar). Somente a levamos algumas vezes ao pediatra, consultora de amamentação e no pronto-socorro (quando ela ficou horas chorando conforme mencionei no post anterior).

A temperatura dentro de casa sempre ficou por volta de 20-22C por conta do aquecimento central do prédio.

Dicas e algumas técnicas:
onesies
- os chamados “bodies” ou “onesies” são muito práticos e até hoje usamos muito.
- prefira aqueles sem muita frescura para colocar (excesso de botões, modelo “kimono”, etc.) e do tamanho correto (sem prender os braços ou com pouca abertura para a cabeça).
- preste atenção se não há nenhum botão nas costas ou nas proximidades da abertura da cabeça (sim, já tentei vestir um onesie na Amanda sem prestar atenção e só fui perceber quando a cabeça não estava passando legal pela abertura da roupa).
- apesar da fragilidade do pescoço e dos bracinhos, em pouco tempo você já estará colocando o onesie sem medo.
- é importante praticar bastante, pois vazamentos irão acontecer e a merda poderá subir até perto da nuca.
- a melhor maneira de retirar o onesie é bracinho por bracinho e não esperar que o bebê levante os dois braços e permita que você retire o onesie como se estivesse tirando uma camiseta.

macacão
- dependendo do modelo, pode requerer mais ou menos trabalho.
- eu prefiro aqueles que abrem nas duas pernas em vez daqueles que tem zíper na diagonal.
- deite o bebê sobre o macacão, encaixe as pernas e depois cada bracinho.
- até hoje a Amanda não consegue retirar as pernas do macacão por mais que ela se mexa.
- não há necessidade de abrir todo o macacão para trocar a fralda.
- como eu disse anteriormente, haverá vazamentos e em alguns casos vai sujar o macacão também.
- há macacões de diversos tecidos – preste atenção para o bebê não ficar superaquecido.
- a dica é colocar uma camada a mais de roupa quando comparado a um adulto (que não seja friorento nem calorento) e verificar se o bebê está superaquecido ao colocar a mão nas costas.

meias
- não preciso dar muitas dicas aqui – prefira aquelas simples de colocar, do tamanho certo e não muito estreitas ou apertadas para colocar.

Sapatinhos
- não há necessidade de colocar sapatinhos no bebê de poucas semanas – você vai suar nas primeiras vezes que tentar colocar, pois realmente dá medo de fazer algum movimento brusco
- se decidir colocar sapatinho (para fotos por exemplo), prefira aqueles com fivela de velcro (difícil de ter para bebês) – não sei por que é raro de ter algum sapatinho de bebê com alguma alça atrás para puxar no calcanhar.
- chinelo não param no pé, mesmo aqueles com elástico.

Manta
- mantas são uma mão na roda tanto para cobrir quanto para fazer o charutinho.
- fazer charutinho com manta é basicamente um origami e não é difícil, porém é necessário praticar e não deixar muitas folgas.
- hoje em dia há várias opções para charutinho já no formato certo (só encaixa o bebê e fecha).

Touquinha ou faixa para a cabeça
- a Amanda detestava (hoje em dia ela até fica com gorro e chapéu)
- touquinha é uma boa para evitar que a criança perca calor pela cabeça (sim, elas perdem calor pela cabeça).

“Roupinha para sair” (vestidinho, conjunto, etc.)
- fica bonito para a foto, mas já imagine o trabalho para trocar fraldas (vale a pena?)

Luvas
- muita gente falava de colocar luvas para evitar que o bebê se arranhe – acho que foram muito poucas as vezes em que colocamos luvinhas
- a Amanda se arranhava frequentemente, mas o interessante é que a marca desaparecia muito rapidamente

Combinações mais comuns lá em casa
- onesie de manga comprida + meias + macacão + manta por cima
- onesie de manga comprida + meias + macacão + charutinho para dormir


[]s

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

De pai para pai (primeiras semanas): Hora de dormir


Os primeiros dias são mega cansativos como eu já disse anteriormente. A Amanda nasceu às 2h da manhã e eu estava cansado pela jornada de trabalho + cansado por ficar ansioso e preocupado em todo o processo do parto + não querendo dormir para ter certeza de que a Amanda estava respirando (e também para ficar admirando). A Amanda ficou o tempo todo no nosso  quarto e eu cochilava de vez em quando na poltrona.

Já em casa a rotina era basicamente (e resumidamente) a Amanda dormir bem durante o dia (acordava para mamar) e não muito bem durante a noite. Será que isso tem a ver com o fato dela ter nascido de madrugada?

A gente tentou inverter a rotina fazendo ela ficar mais tempo acordada durante o dia e posso dizer que de certa forma funcionou. Um agravante que tivemos é que nos primeiros dias a Amanda chorava demais no final do dia, ou às vezes estava dormindo e acordava chorando. Suspeitamos que pudesse ser cólica e tentamos algumas técnicas (veja abaixo). Logo no 3º dia ela chorou por várias horas seguidas e nada adiantou – levamos ao médico e suspeitamos que poderia ser refluxo. Após introduzir o remédio (ranitidine) ela passou a dormir muito melhor.

Técnicas (muitas tentativas e muitos erros):
- tanto eu quanto a Claudia tínhamos lido o livro “Nana Nenê” e pensávamos em aplicar a técnica (deixar chorar por intervalos graduais e manter os mesmos elementos por perto), porém lendo outros artigos e estudos descobrimos uma outra técnica na qual não é necessário deixar o bebê chorando.
- logo no começo tentamos criar uma rotina (banho, massagem, roupa, charutinho, mamada, “white noise” e pouca luz), mas às vezes funcionava e às vezes não.
- embalar de barriga para baixo ajudava bastante acalmar.
- fazer o charutinho (swaddle) ajudou muito e eu altamente recomendo fazer sem folgas.
- fazer um “shhhhh” perto do ouvido também ajudava muito.
- quando acontecia de dormir no colo (muitas vezes de barriga para baixo) o desafio era o momento de virar de barriga para cima e colocar no berço – uma dica é (já que estava dormindo mesmo) esperar uns 10 minutos até chegar no “sono profundo” e diminuir as chances do bebê acordar assim que toca o berço (que provavelmente estará em temperatura diferente da do colo e quase inevitável).

a técnica diferente da do “Nana Nenê” é basicamente assim:
- quando o bebê estiver quase dormindo (mas não dormindo ainda), dar boa noite e colocar no berço.
- se o bebê começar a chorar, pegar imediatamente e embalar novamente até chegar ao ponto de estar quase dormindo – daí fazer a mesma coisa, dar boa noite e colocar no berço.
- repetir quantas vezes for necessário (no começo esse processo acontece umas 5 vezes).
- o fundamento é que a única forma de comunicação é o choro e se os pais não corresponderem à necessidade, pode ter um impacto no comportamento da criança no futuro – e também pelo fato de que é difícil deixar um bebê chorando.

Desde a 6ª semana de vida (já com o conhecimendo de que a Amanda tinha cólicas E refluxo), a Amanda dorme a noite toda das 20h até umas 6h ou mais. Desde então, a gente não a acorda para amamentar ou trocar fraldas. Ou seja, todos podem dormir a noite toda.

[]s

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

De pai para pai (primeiras semanas): Fraldas


Como eu disse, eu achava que seria um dos maiores desafios, mas na verdade não é. E recomendo que você troque o quanto puder no começo.
Eu criei um post há vários meses atrás falando dos tipos de desafio.

Técnicas (para nível intermediário):
- é bom que o trocador fique a uma altura que não prejudique a sua coluna
- em casa a gente usa água morna, algodão, óleo de coco (a gente evita vaselina)
- quando o volume é grande eu uso lenço umedecido primeiro
- é bom que o lixo não esteja lotado e ao alcance
- nas primeiras semanas o bebê não se mexe tanto quanto hoje em dia e isso facilita um bocado
- faça uma rápida massagem e force um pouco as pernas contra a barriga para ver se não vai sair mais cocô (às vezes sai)
- segure as duas pernas para cima com apenas uma mão
- retire o excesso de cocô já com a fralda (preste atenção se não houve vazamentos para a roupa!)
- limpe da frente para trás (eu tenho uma menina em casa)
- passe o lenço (ou algodão umedecido com água morna) também da frente para trás
- preste atenção nas dobrinhas
- limpe com muito cuidado a vagina
- passe a pomada/óleo/vaselina na região (incluindo dobrinhas das coxas)
- desça as pernas e feche a fralda
- passe o dedo contornando a beirada da fralda para evitar futuros vazamentos e assaduras
- coloque a roupinha novamente

Minha experiência:
Tivemos mais vazamentos usando a fralda da Huggies do que com a da Pampers.
Nunca usamos talco.
Usamos poucas fraldas RN (não vale a pena comprar pacotões ou estocar).

[]s

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

De pai para pai (primeiras semanas): Amamentação



Como eu disse, o processo não é tão natural quanto parece. O bebê precisa aprender a mamar e a mãe precisa aprender a amamentar. O bebê segue o instinto basicamente, porém a Amanda precisou de algumas técnicas até conseguir mamar com fluência (por exemplo, o encaixe correto no seio, o movimento da língua para sugar o leite,  e paciência). A Claudia precisou achar a melhor posição, “criar” o bico do peito, estimular a produção de leite, aprender técnicas de produzir mais leite.

Por fim, nos primeiros dias demos fórmula por meio de um canudinho que conectávamos ao dedo e assim já estimulava o mecanismo de sucção da Amanda enquanto a Claudia se recuperava e incansavelmente tentava amamentar. Tivemos grande apoio das consultoras de lactação também.

Técnicas:
- colocar o dedo na boca do bebê empurrando a língua para baixo ajuda a exercitar o mecanismo de sucção
- assoprar o rosto do bebê ou tirar a roupinha ajuda a manter o bebê acordado enquanto mama
- o bico de silicone ajuda bastante enquanto o bico do seio está se formando e sim, o bebê sente diferença quando troca o bico de silicone pelo peito
- indo na consultora de lactação ajuda a ter uma ideia de quanto está sendo consumido em cada lado do peito (pesávamos antes e depois)
- bomba de tirar leite foi muito útil, mas é cansativo para a mulher
- sacos de esterilizar foram bem práticos (colocávamos as mamadeiras lá dentro + água e esterilizava no micro-ondas)
- depois partimos para um esterilizador maior de micro-ondas
- leite de fórmula é prático, mas requer muita atenção com prazos dentro e fora da geladeira
- amamentar com canudinho é simples, mas requer um pouco de prática no começo para fazer o leite fluir
- lembre-se: cada gota do leite materno vale ouro (principalmente no começo) – por isso, transporte o leite retirado com a bomba como se fosse a sua vida
- enquanto a mulher está amamentando geralmente o foco é todo nesse mecanismo bebê-encaixe-bico-posição-fluxo de leite, ou seja, fique por perto para ajudar caso a capa que cobre o bebê caia ou precise de um paninho ou de qualquer outra coisa. A Claudia sentia bastante sede e era bom ter o copo dela sempre por perto.

[]s

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

De pai para pai: algumas dicas (primeiras semanas)



Agora que a Amanda completou 1 ano de vida eu vou tentar dar algumas dicas (em diferentes posts) para os pais recentes e de primeira viagem. Claro que o que eu falar pode servir ou não (assim como em muitos outros livros sobre o assunto).

Primeiramente quero alertar que há muita literatura sobre os preparativos, gravidez, hora do parto, nomes de bebê, enxoval, cuidados iniciais, etc etc,  porém dentre as minhas leituras eu não encontrei nenhuma que alinhasse expectativas de um pai fresco com dicas preciosas.

Confesso que durante a gravidez quando eu fechava os olhos e me imaginava como um pai eu tinha duas imagens na cabeça: segurando um bebê recém-nascido super frágil ou interagindo e brincando junto. Daí, quando a Amanda nasceu percebi que ser pai requeria muito mais do que ficar segurando um recém-nascido e que a distância até o momento de interagir e brincar juntos não é pequena.

Primeiros dias (1ª e 2ª semanas)
Os primeiros 2 ou 3 dias no hospital são cansativos e tanto a sua esposa quanto o seu bebê requerem cuidados especiais. Sua esposa precisa descansar e poderá ficar frustrada se não conseguir amamentar (sim, esse processo não é tão natural quanto parece). Seu bebê vai parecer a coisa mais frágil do mundo e você vai ficar desajeitado em segurar, mudar de posição, etc. Vai por mim, no 2º dia você já saberá segurar o bebê sem a sua esposa falar “cuidado com o pescocinho!”. Outro papel muito importante nesses primeiros dias é gerenciar as visitas – é legal e tudo mais,  porém infelizmente está todo mundo cansado ainda.

Antes de voltar para casa não esqueça de fazer algumas perguntas:
Quando eu devo trazer o bebê de volta para o hospital?
De quanto em quanto tempo devo alimentar? Como eu sei se a quantidade basta?
E se minha esposa não conseguir amamentar?
Como dar banho?
Como limpar o umbigo? Em quanto tempo ele cai? Quais os cuidados?

Observação: antes eu achava que as maiores dificuldades seriam trocar fraldas e dar banho, depois eu percebi que o desafio maior é aprender a entender o choro (calor/frio, fome, sujo, cansaço, ou qualquer outro incômodo).

No nosso caso o cenário era o seguinte:
- Outono (temperaturas caindo)
- Somente a sogra para dar uma mão (e isso foi fundamental)
- Claudia com parto difícil e recuperação mais lenta
- Dificuldade de amamentar
- Amanda com refluxo E cólica

- Eu de licença de alguns dias + outros dias que acabei tirando

[]s